Realizada em 25/09/2020 via google meet por Landressa Rita Schiefelbein e Lucas Andrius de Oliveira.
A entrevistada é Fabiane Beletti da Silva, natural de Canguçu e residente de Pelotas no Rio Grande Sul, grande colega e ótima profissional, nos inspirou, aos entrevistadores, a cursar o TPDI. Por ser uma pessoa de conversa solta e risada fácil, foi um momento de troca muito agradável e engrandecedor. Poucas pessoas conseguem ter o efeito que Fabiane tem sobre os amigos e colegas de trabalho, passamos horas falando sobre design instrucional que mais pareceram minutos. Segue abaixo, então, o relato desta roda de conversa que ficará em nossa memória por muito tempo.
ENTREVISTA:
A entrevistada comenta que tem atuado em diversas instituições desde a sua formação no curso de TPDI, principalmente prestando serviços para institutos federais pois nas universidades o DI ainda não é tão disseminado por conta de uma questão de preconceito que a área da educação tem com métodos e a nossa forma de trabalho. Nos últimos quatro anos, tem trabalhado com o design instrucional em tempo integral, em institutos como o IFSUL, IFRN, IFTM e IFCE.
Seu interesse pelo design instrucional surgiu na época em que era aluna do mestrado e viu a atuação de profissionais do DI em alguns projetos dos quais fazia parte (principalmente no PROEDU), então fez o curso de teoria e prática do design instrucional pela empresa Livre Docência e acabou por largar a sala de aula onde vinha atuando havia quatorze anos. Ela conta que quando começou a sua carreira em DI sempre entrava nos projetos por conta de ser especialista em acessibilidade e assim acabava inserindo o seu método de trabalho e por fim mudava de função dentro do projeto. Por exemplo, o acima citado PROEDU, onde entrou, cinco anos atrás, por conta de seu conhecimento de acessibilidade e agora atua como DI pensando nos fluxos de produção de materiais acessíveis e na gestão dos processos para evitar a perda de tempo e desperdício de recursos.
Fabiane nos sugere algumas de suas ferramentas preferidas como o Bizagi, para desenhar fluxos, o Taiga ou o Trello como ferramentas de gestão com uso do método KanBan e o google drive. Mas, mais importante do que as ferramentas é o conhecimento dos fluxos, este é indispensável.
Para ser um bom profissional do Design Instrucional é necessário viver o método, aprimorar o três pilares, que seriam o âmbito pedagógico, o administrativo e as TICS, e jamais deixar de melhorar e adquirir conhecimentos.
Segundo a entrevistada, uma vez dentro do mundo do DI é impossível deixá-lo de lado. Este método é tão absorvido que, mesmo sem perceber, acabamos por aplicá-lo nas tarefas do dia a dia, na criação dos filhos e na organização pessoal. E a única maneira de conhecer bem o método ADDIE é estudá-lo e vivenciar a sua experiência de forma completa sem nunca perder de vista os pilares.
Quando perguntada quanto a indicação de bibliografias citou Robert Gagné e sua obra “Como se realiza a aprendizagem”, mas principalmente o curso Teoria e Prática do Design Instrucional de Régis Tractenberg pela empresa Livre Docência. Ela reforça durante toda a entrevista a necessidade e a importância da formação em um curso de qualidade e que aplica os métodos ensinados para o desenvolvimento completo do profissional de DI.