Designer instrucional: competências, formação e vagas de trabalho

Design Instrucional, Destaque

Atualizado em 04/01/2023


Por Régis Tractenberg

 . 

Com o aumento das necessidades de aprendizagem em diferentes contextos, há uma crescente demanda e interesse pelo trabalho dos designers instrucionais – DIs.

Outros nomes que designam atividades iguais ou semelhantes às desses profissionais são: designer educacional, desenhista instrucional, projetista instrucional, analista de treinamento (principalmente quando trabalham com EaD), pedagogo empresarial, especialista em tecnologia educacional, dentre outros.

Mas, o que faz um designer instrucional?

Na realidade, são duas categorias de atividade...

1. Os designers instrucionais propriamente ditos

São aqueles que criam materiais didáticos e/ou planejam e gerenciam projetos educacionais. Geralmente trabalham em empresas de consultoria em EaD, empresas e editoras da área de tecnologia educacional, universidades corporativas ou, ainda, em instituições do ensino superior.

E essa categoria se subdivide em:

Designers instrucionais juniores - adaptam conteúdos e elaboram roteiros de materiais didáticos impressos ou digitais. Podem trabalhar em parceria com especialistas em conteúdos, ilustradores, designers gráficos e profissionais de TI. Em alguns casos, acumulam essas funções e criam materiais sozinhos com o apoio de softwares de autoria.


Designers instrucionais seniores
- gerenciam equipes formadas por especialistas em conteúdos, designers instrucionais juniores, redatores, designers gráficos, ilustradores, profissionais de TI, equipes de instrutores etc. É importante ressaltar que muitos gerentes de projetos educacionais não se autodenominam designers instrucionais, embora usem a metodologia do design instrucional – DI.

2. Designers instrucionais em sentido amplo

Nesta segunda grande categoria, temos diversos profissionais que podem usar o corpo de conhecimentos e de práticas relacionados ao design instrucional em suas atividades. Por exemplo:

  • Professores escolares e universitários;
  • Professores e consultores independentes;
  • Coordenadores de cursos;
  • Autores de cursos e de materiais didáticos (conteudistas, como têm sido chamados em projetos para EaD);
  • Editores de materiais didáticos impressos ou digitais;
  • Produtores audiovisuais.


Todos esses aplicam, em maior ou menor grau, elementos do design instrucional em seu trabalho, seja de modo consciente ou pelas práticas do DI disseminadas em suas áreas. Desse modo, também não chamam o que fazem de DI, nem se autodenominam designers instrucionais, mas usam parte dessa metodologia.

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Qual é o papel do designer instrucional?

O que faz um designer instrucional é algo que depende das definições em seu contexto de trabalho. Em algumas empresas, exerce múltiplas tarefas: realiza reuniões com clientes para iniciar projetos ou acompanhar etapas em desenvolvimento; redige, adapta a linguagem e revisa textos; produz gráficos; cria, formata e revisa materiais didáticos em diferentes mídias; configura ambientes virtuais de aprendizagem – AVAs etc.

Já nas empresas mais estruturadas, conta com o apoio de profissionais como designers gráficos, ilustradores, gerentes de projeto e profissionais de TI etc.

Seu desafio é sempre garantir que os objetivos de aprendizagem para determinada iniciativa junto a certo público de aprendizes sejam alcançados.

Para tanto, designers instrucionais planejam com visão sistêmica seus projetos e lideram equipes de produção. Têm, ainda, como atividade a roteirização de aulas, módulos, capítulos, textos, objetos de aprendizagem, vídeos, entre outras tarefas.

São dois níveis de trabalho distintos:

High-level design, ou design instrucional em nível macro, é o planejamento geral de um projeto e define a modalidade, o formato e demais características da solução de aprendizagem que será criada. Neste nível, o foco está no planejamento de currículos, cursos, programas de capacitação, e na concepção abrangente de livros, materiais didáticos, vídeos educativos etc. E o documento que especifica esse planejamento chama-se projeto instrucional.


Low-level design, ou design instrucional em nível micro, é o planejamento específico de uma unidade de conteúdo, aula, oficina, capítulo, tela, página etc. Trata-se da especificação detalhada de um material didático, como uma apostila ou objeto de aprendizagem (tutorial digital, cursos tela a tela). Indica a estrutura dos conteúdos, explicações complementares, inserção de ilustrações, narrações e vídeos.

No design de nível micro, cada elemento também precisa ser planejado. Antes da criação de uma figura, por exemplo, é preciso deixar claro para o ilustrador, ou designer gráfico, qual é o estilo adequado e quais ideias e informações a imagem deve comunicar. Esse tipo de planejamento detalhado costuma ser chamado de roteiro e pode ter diferentes formatos.

Um tipo de roteiro bastante utilizado é o storyboard, que serve bem a projetos com forte componente visual. Nos storyboards de filmes, por exemplo, cada cena é desenhada ao modo de uma história em quadrinhos. Desse roteiro derivam-se outras especificações para a equipe de produção: como deve ser o cenário, qual será o figurino, como a câmera deve enquadrar os personagens, como uma cena se liga à próxima, entre demais orientações.

Storyboard de filme

Exemplo de storyboard para filme. Imagem de Matt Popovich em Unsplash

De modo semelhante, materiais didáticos como tutoriais digitais costumam ser roteirizados por meio de storyboards. O designer instrucional esquematiza telas, descreve ilustrações, roteiriza vídeos, e especifica características de interfaces para a construção de tutoriais. Todas essas informações compõem o storyboard, que pode ser feito em um documento de texto ou em slides de apresentações. E esse roteiro serve de referência para que outros profissionais da equipe criem gráficos, ilustrações ou funcionalidades em sites e interfaces.

Outros tipos de roteiros ou recursos para microplanejamento instrucional são:

  • Planos de palestras, aulas, encontros e oficinas;
  • Scripts para narrações;
  • Roteiros de vídeos;
  • Diagramas de estrutura e fluxos de interação para sites e aplicativos;
  • Mapas conceituais para estruturação de textos.

Vale lembrar...

Designers instrucionais não se limitam à adaptação e roteirização de materiais didáticos!

Embora as atividades de microplanejamento tenham considerável visibilidade dentre as funções de um designer instrucional, o sentido pleno de seu papel é mais abrangente e compreende o planejamento e a gestão de projetos. Trata-se de um profissional capaz de analisar necessidades de aprendizagem de modo sistêmico e técnico, e desenvolver soluções sob medida para diferentes contextos e modalidades de ensino-aprendizagem.

O simples trabalho de adaptação criativa de textos para mídias digitais, quando fora da proposta de um projeto bem planejado, é algo que não pode ser considerado design instrucional porque o caráter sistêmico é algo essencial a essa metodologia.

Com quem trabalham os designers instrucionais?

Usualmente, designers instrucionais propriamente ditos não dominam os conteúdos dos muitos projetos que desenvolvem. Precisam, então, trabalhar em parceria com especialistas designados pelas instituições que atendem.

Essa parceria nem sempre é fácil porque a prioridade de especialistas está em suas funções regulares e nem sempre dispõem do tempo necessário para colaborar com a criação de cursos. Essa participação consiste principalmente em fornecer conteúdos que farão parte de materiais didáticos e validar a construção desses materiais, por exemplo, quanto à adequação de um texto adaptado ou de uma ilustração proposta pelo designer instrucional. Trata-se de um apoio essencial para que um projeto possa avançar e os DIs precisam acompanhar e eventualmente fazer cobranças, com diplomacia, para conseguir a dedicação necessária dentro dos cronogramas previstos.

Para lidar com essas questões, muitos de nossos alunos têm desenvolvido capacitações para os especialistas em conteúdos das empresas e universidades onde gerenciam projetos. Geralmente focalizam o desenvolvimento de competências de redação, noções gerais sobre EaD e o método de interação / trabalho com a equipe de EaD da instituição. Alguns incluem também competências para a tutoria de cursos on-line, de modo que os especialistas sejam capazes de acompanhar turmas de alunos.

Um passo a mais nessa dinâmica de trabalho...

Também é interessante quando os próprios especialistas se capacitam em DI. Isso é mais frequente em universidades e em empresas com setores de educação corporativa bem desenvolvidos.

Um exemplo

Em uma empresa da área de Petróleo e Gás que já atendemos, os engenheiros costumam ser transferidos do setor produtivo para a universidade corporativa por um período de três anos e lá se tornam coordenadores de cursos. Passam, então, por uma série de capacitações na área da educação e também contam com o apoio da equipe de designers instrucionais para levar adiante seus projetos.

Desse modo, como a responsabilidade por tornar os cursos realidade é dos engenheiros, são eles que correm atrás dos designers instrucionais, o que facilita muito o trabalho!

Quais competências são necessárias à formação de designers instrucionais?

Designers instrucionais e multiplas competencias

Imagem de L Gould em Pixabay

Como podemos ver, é grande a diversidade de atividades realizadas por profissionais que utilizam a metodologia do DI, e os projetos que desenvolvem quase sempre são de considerável complexidade. Isso exige um amplo conjunto de competências essenciais e outras tantas que variam conforme os tipos de projetos, sua abrangência, e as metodologias e tecnologias que utilizam.

Dentre as competências quase sempre necessárias, podemos citar:

  • Boa redação e a capacidade de revisar textos;
  • Atualização quanto às teorias e práticas educacionais com novas tecnologias;
  • Analisar as necessidades e características de contextos de aprendizagem;
  • Analisar o perfil de públicos de aprendizes;
  • Mapear objetivos de aprendizagem, suas características e selecionar estratégias didáticas adequadas à sua promoção;
  • Planejar soluções de aprendizagem (cursos, materiais didáticos, atividades etc.) por meio de diferentes mídias, tecnologias e metodologias;
  • Gerenciar equipes multiprofissionais;
  • Revisar e atualizar materiais didáticos;
  • Acompanhar processos de implementação de projetos educacionais;
  • Avaliar os resultados dos projetos implementados;
  • Validar materiais e rumos de projetos junto a clientes;
  • Identificar problemas éticos e legais em projetos educacionais;
  • Conhecer, adaptar e criar modelos de design instrucional para os processos de trabalho em instituições.

Adaptado de IBSTPI, 2002.


Além destas, podemos citar algumas competências usualmente solicitadas em vagas para designers instrucionais, e também destacar outras que não são tão evidentes, mas fazem a diferença na formação de profissionais da área.


Redação e revisão de textos

Vale citar essas habilidades novamente: organizar ideias, escrever e revisar textos em nível avançado são competências de difícil aquisição. E sabemos que a escrita está na base de todos os materiais didáticos e recursos em diferentes mídias: posts, livros, apostilas, roteiros de ilustrações e gráficos, roteiros de vídeos, storyboards para tutoriais e interfaces etc.

Isso sem contar a necessidade de comunicação com clientes e os integrantes de equipes de produção. Ao longo de todos os projetos é fundamental que especificações de materiais e atividades sejam claras e registradas por escrito.

Assim, eventuais deficiências nas capacidades de escrever e revisar podem prejudicar até a carreira de profissionais que dominam outras competências. Então é essencial que DIs busquem a melhoria constante de suas habilidades de escrita.


Design gráfico

Designers instrucionais devem aprender pelo menos o básico de design gráfico. É fundamental buscar noções gerais sobre cores, tipografia, diagramação de materiais didáticos e de sites, diferentes estilos gráficos, e desenvolver sua sensibilidade estética. Essa base permite uma comunicação melhor com profissionais de design gráfico e a capacidade de avaliar seu trabalho ou mesmo criar por conta própria artes simples a partir de padrões visuais pré-definidos.


Criatividade

Designers instrucionais precisam ser criativos para gerar soluções de aprendizagem. Ressalto, no entanto, que criatividade é, antes de tudo, a capacidade de resolver problemas, ou seja, atender a necessidades bem identificadas. Por vezes, isso requer soluções novas e noutras vezes demanda sabedoria para utilizar recursos simples e já conhecidos por funcionarem bem.

Digo isso porque criatividade, não raro, é vista como a capacidade de criar ou seguir novidades estéticas, metodológicas ou tecnológicas mesmo quando desalinhadas com as necessidades de um projeto. Isso é algo que impressiona clientes, mas, em tempo, se mostra pouco efetivo frente aos objetivos esperados.


Teorias da motivação

Motivação é essencial para que haja aprendizagem e há muitos modelos teóricos que procuram explicar diferentes tipos de processos motivacionais. O estudo dessas teorias ajuda designers instrucionais a definir abordagens adequadas para promover interesse, engajamento, retenção de aprendizagens e também reduzir os índices de evasão em seus projetos.

Dentre tais abordagens podemos citar:

  • Estratégias para despertar e manter a atenção dos aprendizes;
  • A definição de objetivos, conteúdos e exemplos relevantes;
  • As formas de interação entre docentes e aprendizes e entre os próprios aprendizes;
  • A definição do grau de dificuldade de cada etapa de um curso;
  • O uso de games e gamificação;
  • Uso de elementos estéticos como cores, imagens, diagramação e metáforas visuais;
  • A análise de dificuldades e frustrações no uso de interfaces e em percursos de aprendizagem.


Uso de AVAs e ferramentas de autoria

Designers instrucionais podem utilizar inúmeros aplicativos em seus projetos. Para a criação e revisão de textos, planos de aulas e roteiros de vídeos, editores de textos como o Word ou Libre Office são suficientes. DIs podem, no entanto, realizar muitas outras ações em seus projetos e as categorias de ferramentas de apoio mais frequentes são:


Estudos em áreas complementares

Designers instrucionais se beneficiam, ainda, de estudos em áreas como fotografia, dinâmica de grupos presenciais e gestão de projetos.

E, no caso de projetos onde têm o papel de docentes on-line independentes, precisam aprender, também, empreendedorismo, marketing digital e atuação diante de câmeras, quando apresentam suas próprias videoaulas.

Sim, é bastante coisa!

Mas não é preciso dominar tudo. É possível avançar aos poucos de acordo com os projetos que se deseja desenvolver. Você pode ter um foco principal de trabalho e complementar sua formação em áreas de apoio secundárias. E a escolha dessas áreas de estudo dependerá do tipo de atuação profissional que gostaria de seguir.

Alguns campos profissionais mais frequentes dentre profissionais que usam DI são:

  • EaD no ensino superior;
  • EaD na educação corporativa;
  • Tecnologia educacional em escolas;
  • Mercado editorial de materiais impressos;
  • Mercado editorial de software educativos;
  • Produção audiovisual;
  • Projetos de EaD independentes.


Mais detalhes sobre as competências para exercício do DI podem ser encontradas na síntese organizada pelo International Board of Standards for Training, Performance and Instruction. Uma tradução para o português foi realizada pela Profa. Hermelina Romiszowski e está disponível no site da ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância: (IBSTPI). Domínios, Competências e Padrões de Desempenho do Design Instrucional (DI) . Tradução de Hermelina P. Romiszowski.

E uma referência oficial pode ser acessada na Classificação Brasileira de Ocupações – CBO  do Ministério do Trabalho. Vale buscar pelo termo “designer educacional”.

Como se tornar um designer instrucional?

Pela sua relevância, o DI devia estar mais presente em currículos de graduação e pós-graduação nas áreas de Pedagogia, Letras (principalmente pelo trabalho com materiais didáticos), Psicologia (pela atuação na área de RH), e Comunicação (pelas produções relacionadas à educação), mas, infelizmente, isso ainda não é frequente.

Muitas vezes atendemos em nossas turmas profissionais experientes na área da educação que lamentam não terem tido contato com o planejamento técnico oferecido pela abordagem do DI ainda durante suas formações iniciais.

Podemos observar que na Classificação Brasileira de Ocupações, citada acima, a descrição da atividade dos designers instrucionais está na categoria de “Programadores, avaliadores e orientadores de ensino” onde se encontram também coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, pedagogos e supervisores de ensino, dentre outros. E a descrição desse grupo nos permite apreciar a proximidade da atuação desses profissionais:

“Implementam, avaliam, coordenam e planejam o desenvolvimento de projetos pedagógicos/instrucionais nas modalidades de ensino presencial e/ou a distância, aplicando metodologias e técnicas para facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Atuam em cursos acadêmicos e/ou corporativos em todos os níveis de ensino para atender às necessidades dos alunos, acompanhando e avaliando os processos educacionais. Viabilizam o trabalho coletivo, criando e organizando mecanismos de participação em programas e projetos educacionais, facilitando o processo comunicativo entre a comunidade escolar e as associações a ela vinculadas.”

CBO - 2394 :: Programadores, avaliadores e orientadores de ensino

É, portanto, evidente a relevância do DI para os profissionais da educação.

De todo modo, há designers instrucionais originários de diferentes graduações de nível superior. As mais frequentes são: Pedagogia, Psicologia, Comunicação e Letras, mas há gente de muitas outras áreas como TI, Design Industrial, além de professores de todas as áreas de formação: Biologia, História, Matemática etc.

Dentre os meios pelos quais esses profissionais se desenvolvem na área do DI, temos:

  • O aprendizado na prática;
  • O apoio de colegas mais experientes em seus locais de trabalho;
  • Livros e publicações on-line sobre design instrucional e EaD;
  • Cursos livres como o Teoria e Prática do Design Instrucional;
  • Cursos in-company oferecidos por empresas a suas equipes;
  • Pós-graduações em Design Instrucional como aquelas do Senac e UNIFEI;
  • Curso superior tecnológico em design educacional oferecido pela UNIFESP;
  • Cursos de graduação e pós-graduação em Pedagogia, Psicologia, Comunicação e Letras, com estudos direcionados pelos alunos para a área do DI.

Onde buscar vagas para trabalhar como designer instrucional?

Vagas em educação a distância

A área da educação a distância tem crescido de modo expressivo no Brasil há vários anos tanto em empresas quanto no meio acadêmico e a demanda por profissionais com estudos e experiência em DI tem sido grande.

Com frequência, divulgamos vagas em EaD entre nossos ex-alunos a pedido de empresas do mercado.

Também é possível encontrar oportunidades profissionais em grupos do Facebook como:

Designer Instrucional/Educacional - Vagas

Cumbuca de DIs

Design Instrucional para EaD

E ainda em sites de empregos como o Indeed, Catho, Vagas.com e Glassdoor.

Como ter experiência em design instrucional?

Uma dificuldade frequente para quem está começando como designer instrucional, e em realidade na maioria das áreas profissionais, é alcançar as experiências solicitadas em anúncios de vagas de trabalho.

Um bom caminho para conseguir isso e começar seu portfólio de projetos é realizar trabalhos voluntários em DI junto a ONGs, organizações não governamentais, como por exemplo: igrejas, associações de moradores, projetos sociais, iniciativas de ecologia/sustentabilidade etc.

Desse modo, vale visitar ONGs que atuam com causas que você gostaria de contribuir para conhecer suas necessidades e identificar de que modo seria possível ajudar. Por ser trabalho voluntário e não remunerado, e pela estrutura das ONGs ser, em geral, menos formal, a tendência é que você terá considerável autonomia. E isso é ótimo para aplicar suas competências como designer instrucional! 

Do que precisam? Tornar mais claro seu site para possíveis doadores? Melhorar apostilas de cursos? Criar campanhas de conscientização? Reformular cursos presenciais? Criar cursos on-line? Avaliar resultados de cursos em oferta? Criar vídeos instrucionais? 

Você poderá propor as soluções que considerar mais adequadas e em que seja capaz de ajudar! E, ao mesmo tempo, estará contribuindo com uma causa que você apóia e inspira seu trabalho.

Qual é o salário de um designer instrucional?

A Glassdoor indica que a média no Brasil é de R$3.148,00 (em janeiro de 2020), e em seu site é importante conferir que a remuneração varia bastante entre cada empresa.

Essa variação salarial ocorre principalmente porque os papéis daqueles que trabalham com a denominação de designers instrucionais vão desde a adaptação de conteúdos de apostilas para tutoriais on-line até a coordenação de projetos educacionais, tendo, desse modo, remuneração maior.

Sobre as formas de contratações, aquelas que divulgamos são principalmente CLT e presenciais, mas também há contratos temporários para designers instrucionais freelancers (PJ), e temos visto algumas oportunidades que já aceitam trabalho em home office.

Conclusão

Como podemos ver, designers instrucionais exercem atividades que exigem alta qualificação e contribuem com a criação e melhoria de iniciativas educacionais em instituições de ensino e empresas.

Trata-se de uma profissão cuja demanda está ligada diretamente às necessidades de aprendizagem em diferentes níveis e que deve continuar a oferecer oportunidades principalmente nas áreas de EaD, educação corporativa e tecnologia educacional.

E você, já trabalha como designer instrucional?
Alguma dúvida sobre esse tema?

Espero seus comentários logo abaixo!

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Régis Tractenberg
Edição e autoria

Régis Tractenberg é diretor e professor da Livre Docência Tecnologia Educacional.

  • Muito interessante saber que há uma área bastante vasta para este profissional emergente, que já se encontra nos mais diversos espaços educacionais e empresariais.

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