Capítulo sobre docência online independente no livro EAD: o estado da arte vol.2


Foi lançado em setembro, durante o 17º Congresso Internacional da ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância o segundo volume do livro “Educação a Distância: o estado da arte”, organizado por Fredric Litto e Marcos Formiga e publicado pela Editora Pearson.

Trata-se de uma obra bastante completa que traz contribuições vários autores da área de EAD no Brasil.

Inclui o capítulo ´A docência online independente´, de autoria de Leonel Tractenberg, Régis Tractenberg e Wilson Azevedo. O texto aborda:

  • Contexto histórico: os fatores propulsores da docência online independente
  • Caracterização da docência online independente
  • Um levantamento inicial dos docentes online independentes atuando no Brasil
  • Caso-exemplo – DO-In na formação de recursos humanos para EOL: Wilson Azevedo e a Aquifolium Educacional.
  • Caso-exemplo – DO-In no ensino de design instrucional: Régis Tractenberg e a Livre Docência Tecnologia Educacional
  • Caso-exemplo – Experiência internacional, a DO-In no ensino de ciências: Salman Khan e a Khan Academy

O artigo original traz ainda uma parte não publicada no livro por questões de padronização editorial:

Questões para reflexão

Pesquisas posteriores são necessárias para aclarar o que significa a docência online independente. Sugerimos aqui algumas questões para orientar investigações futuras acerca deste fenômeno e seu potencial.

1. Que grau de satisfação alunos de cursos oferecidos por docentes online independentes apresentam? Este grau é inferior, superior ou equivalente ao apresentado por alunos de cursos online oferecidos por instituições de ensino?Quais os fatores que se destacam na comparação entre os graus de satisfação do aluno destes dois tipos de cursos?

2. A adoção de tecnologias mais simples, de baixo custo ou mesmo gratuitas, é um traço comum nos três casos apresentados. Em que medida o minimalismo tecnológico favorece a docência online independente? Em que medida pode constituir um elemento limitador?

3. Um número significativo de docentes online independentes afirma receber remuneração no mínimo equivalente quando não superior àquela paga por instituições de ensino. Isto é confirmado na prática? Em que medida este fator determina a opção pela docência online independente?

4. Qual o volume de investimentos e qual o retorno sobre o investimento em iniciativas de docência online independente? Como empreendimento a docência online independente é viável? É um bom negócio para o docente/empreendedor? Como se compara às vantagens e desvantagens de outros tipos de empreendimentos?

5. Há diferença de custo por aluno na economia de cursos oferecidos por docentes online independentes em relação a cursos oferecidos por instituições de ensino? Em caso afirmativo, onde o custo é maior? O que isto representa em termos de oportunidades e desafios tanto para docentes online independentes quanto para instituições de ensino?

6. A docência online independente é exercida predominantemente através do chamado “home office”. Que riscos, dificuldades, vantagens e desvantagens esta modalidade de trabalho oferece àqueles que a exercem?

7. Em outros ramos de atividade a eliminação de intermediários resultou em algum tipo de consequência sobre o mercado, como redução da venda de discos, redivisão de participação de mercado entre fabricantes de PCs ou pulverização da influência sobre a formação da opinião pública. Que impactos futuros a possível expansão da docência online independente poderia ter sobre o mercado educacional brasileiro?

8. Existe viabilidade para que certificados emitidos por docentes independentes sejam reconhecidos por instituições de ensino e validados pelo governo? Poderiam ser considerados para efeitos acadêmicos os créditos cursados cursos nessa modalidade?

9. O associativismo e a colaboração têm sido frequentemente encontrados em empreendimentos no mundo virtual. Qual o potencial de uma iniciativa associada de docentes online independentes de diversas especialidades oferecendo currículos, percursos ou trilhas de aprendizagem compostos por cursos por eles oferecidos independente de uma instituição de ensino?

10. Como o conceito de docência online independente se relaciona com o de redes sociais e a ideia de desinstitucionalização da educação? É possível conceber um futuro onde boa parte dos professores sejam independentes, associados e organizados em redes?

 

 

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Régis Tractenberg
Edição e autoria

Régis Tractenberg é diretor e professor da Livre Docência Tecnologia Educacional.

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